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A Revista Acadêmica Online, apresenta, com prazer o trabalho intitulado “O Professor Na Sociedade Contemporânea: Uma Dialética Entre As Contradições E Desafios Por Bernard Jean Jacques Charlot”, de lavra dos autores-pesquisadores: Elias do Nascimento Silva, Elisângela Gouvêa de Souza, Marinalva Gomes Martins Frenzel, Nágila Daiane Politowski, Patrícia Aparecida Gonçalves Ribeiro, Roberta Pegorari Bonfim dos Santos, Shirlyss Carvalho de Assunção, Sueli Silva da Mota Gonçalves, Tânia Fernandes, Valdirene Polassi Gonçalves.
Iniciamos a apresentação deste trabalho, ilustrando à maneira de uma epígrafe, a citação do filósofo/epistemólogo Gaston Bachelard (1884-1962), na Obra “A Formação do Espírito Científico: contribuição para uma psicanálise do conhecimento”:
[...] toda cultura científica deve começar por uma catarse intelectual e afetiva. Resta, então, a tarefa mais difícil: colocar a cultura científica em estado de mobilização permanente, substituir o saber fechado e estático por um conhecimento aberto e dinâmico, dialetizar todas as variáveis experimentais, oferecer enfim à razão razões para evoluir. (BACHELARD, 1996, p.24).
O estudo traz à tona, contrapontos intensos sobre a temática Ensino-Aprendizagem, na contemporaneidade. Os autores realizaram notáveis empenhos para produzir uma compilação bibliográfica que encampasse os domínios da Filosofia, Epistemologia, Metodologia na Educação e Pedagogia, cada qual, afirmam independente uns dos outros, o potencial mobilizador de suas ideias, e concomitantemente visam o mesmo objetivo – o pensar da ciência atrelado à experiência atual, onde constatamos, graças ao desenvolvimento das tecnologias de comunicação, uma contínua ênfase na aquisição de novas informações, conhecimentos, respostas (“como fazer isto ou aquilo” disponibilizados diariamente em tutoriais), porém, com ênfase de menos ao processo que prepara os alunos na preparação de seus próprios questionamentos.
Amparados com contribuições de diferentes áreas e saberes, os pesquisadores detém-se com mais profundidade na análise do pensamento do Filósofo francês, e professor radicado no Brasil, Bernard Jean Jacques Charlot, e reproduzem os resultados dessa análise em uma apropriação levemente original, devido ao fato de o sopesamento e as distribuições de suas hermenêuticas, são, aqui visadas à novas reflexões e debates.
Bernard Jean Jacques Charlot, ou simplesmente Bernard Charlot (nome literário/artístico do pesquisador), é formado em Filosofia em Paris (1967), e tendo adquirido com louvor o título Docteur d'État en Lettres et Sciences Humaines, Université de Paris X-Nanterre, France – equivalente em português ao Doutorado mais Livre-Docência, o autor é Professor-Visitante Nacional Sênior da CAPES na UFS (Núcleos de Dança e de Teatro, no campus de Laranjeiras. Pós-Graduações em Educação e em Ensino de Ciências Naturais e Matemática);Professor Titular Emérito da Universidade de Paris 8 - Saint-Denis, França
Professor Catedrático Convidado da Universidade de Porto, Portugal. Suas principais Obras são: A Mistificação Pedagógica - Realidades Sociais e Processos Ideológicos na Teoria da Educação; Da Relação com o Saber - Elementos para uma Teoria; Os Jovens e o Saber - Perspectivas Mundiais; Relação com o Saber, Formação dos Professores e Globalização - Questões para a Educação Hoje. O primeiro publicado pela Editor Zahar, os outros três pela Artmed.
Encerramos a apresentação, com nossos cumprimentos aos autores pelo seu objeto de estudo e com destaque das fontes utilizadas, em especial a de Charlot:
“ Ser Professor (a) sempre é um desafio, sejam quais forem a sociedade e o contexto. Com efeito, o Professor ensina, mas quem deve aprender, isto é, entrar em uma atividade intelectual, é o aluno. Se este não fizer o esforço imprescindível, fracassará – e, logo, o Professor também. Essa estrutura básica do ato de ensino-aprendizagem gera dificuldades, em particular na relação entre professores e alunos. As formas como se desenrola esse desafio e se vivem essas contradições são relacionadas com o contexto social e cultural. Estamos vivendo, na sociedade contemporânea, profundas mudanças na relação com o desejo e na relação com o saber. Além disso, essa sociedade está pedindo ao Professor cada vez mais coisas, muitas vezes vagas e até contraditórias. Por exemplo, o Professor deve ser "construtivista" em uma escola organizada para práticas tradicionais e com alunos que querem, antes de tudo, passar de ano. O que fazer? Chorar? Ou considerar que o trabalho do Professor, na sociedade contemporânea, é, ao mesmo tempo, impossível de ser feito e mais importante do que nunca. E, talvez, mais interessante...” (CHARLOT, 2014.p.1).
Boa leitura!
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